Engenharia Civil rompe barreiras geográficas com EUA
A Engenharia Civil é estratégica para o desenvolvimento dos
países por estar diretamente ligada à infraestrutura que garante mais qualidade
de vida aos cidadãos. Com grandes investimentos previstos com o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), o Brasil precisa mais que nunca de
profissionais capacitados. Um passo importante foi dado nesta segunda-feira
(29/04), durante o 1º Seminário de Capacitação Internacional do Sistema
Confea/Crea e Mútua, realizado no coworking da Sede Angélica do Crea-SP. Na ocasião,
representantes da Sociedade Americana de Engenheiros Civis (ASCE) estreitaram
laços com as lideranças e profissionais presentes.
Anfitriã do evento e presidente do Conselho paulista, a Eng.
Lígia Mackey ressaltou como a capacitação melhora a qualidade dos profissionais
e abre oportunidades de trabalho no Brasil e no exterior. Para ela, receber os
norte-americanos é o começo do que pode ser feito para elevar a área no nosso
país. “É um momento histórico e, para mim, que sou engenheira civil, também
agrega muito”, afirmou.
Para o presidente do Confea, Eng. Vinicius Marchese, a
aproximação com a associação americana, que é referência global, vai entregar
mais valor para os profissionais do Sistema. “Tenho certeza que escreveremos
uma nova história a partir de hoje”, comentou. “São organizações que têm
atuações diferentes, mas que se complementam. Já conversamos, por exemplo,
sobre iniciativas de capacitação que podem ser feitas em conjunto”,
adiantou Marchese.
Coordenador Nacional das Câmaras Especializadas de
Engenharia Civil (CCEEC), o Eng. Stenio de Coura Cuentro, que também prestigiou
o seminário, falou da relevância desta aproximação para a área. “Nossos
engenheiros querem aprender, mas também têm muito a ensinar”, disse. Ele
destacou ainda que, do profissional recém-formado ao mais antigo, todos
precisam de qualificação. “Estamos discutindo este assunto nas Câmaras neste
momento porque sabemos que o mercado mudou”, informou.
ASCE trabalhando na construção do futuro
A modalidade também está intimamente envolvida com todos os
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Sobre isso, o Eng. Renan Gustavo,
presidente do grupo do Brasil na ASCE, mostrou que, apesar de não ser possível
resolver todos os problemas até 2030, os engenheiros estão trabalhando para
tirar os planos do papel. “Nesse sentido, a ASCE atua com a visão mundial
futura, que olha para tendências estabelecidas”, destacou. “Fazendo o uso de tecnologias
e de muita pesquisa, podemos fazer o desenvolvimento das cidades ser
sustentável. Não é ficção científica, é possível”, complementou.
Bons exemplos mostram como fazer na prática. Com esse foco,
a diretora que representa a ASCE em países fora da América do Norte, Adm. April
Lander, explicou sobre o Envision, um programa independente de premiação e
verificação que incentiva mudanças sistêmicas no planejamento e entrega de
infraestrutura civil sustentável. “A avaliação ajuda os gerentes a considerar
opções que sejam parte da solução”, observou.
A presidente da ASCE, Eng. Marsia Geldert-Murphey, finalizou
a rodada de apresentações falando sobre a união entre imaginação e realidade.
Para isso, apresentou alguns projetos impressionantes liderados por engenheiros
civis, como o Climate Pledge Arena, casa dos times de hóquei no gelo em
Seattle, e o Viaducto de Malleco, ponte ferroviária no Chile. “Já estamos
construindo magníficas estruturas pelo mundo e elas são sustentáveis”, afirmou.
“Queremos que as crianças estejam animadas para ser engenheiras e ajudar a
construir esse futuro”, concluiu.
O evento foi transmitido ao vivo e segue disponível no Youtube do Confea.