A engenharia do Novo Museu do Ipiranga
Depois de 10 anos de portas fechadas para reformas, o Museu do Ipiranga reabre na semana em que é celebrado o bicentenário da Independência do Brasil. A partir da reinauguração do que será chamado Novo Museu do Ipiranga, o público terá a oportunidade de visitar 11 exposições de longa temporada.
São mais de 6.600 metros quadrados de área de visitação e um acervo de mais de 450.000 itens, entre objetos, iconografia e documentação textual, reunidos em peças do século XVII até meados do século XX.
A comemoração em torno da preservação histórica dos 200 anos de independência passa pela importância e contribuição das Engenharias, Agronomia e Geociências no processo de desenvolvimento do país e na própria restauração do edifício-monumento que guarda toda essa história, uma vez que a reforma foi motivada pela estrutura física danificada, com presença de rachaduras e outros problemas estruturais.
A área tecnológica se tornou essencial sobretudo por conta das singularidades do prédio fundado em 1895. O trabalho minucioso durante as escavações evitando abalos nas estruturas é um exemplo disso.
Para a vice-presidente no exercício da Presidência do Crea-SP, Eng. Lígia Mackey, a reabertura do museu é um marco significativo que demonstra mais uma vez a fundamental participação de engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos. “Podemos observar em todas as etapas dessa reforma o quanto a área tecnológica traz suas contribuições. Não só em termos de preservação histórica e cultural, mas como são essenciais para consolidar a evolução, promover o desenvolvimento e oferecer segurança para a sociedade”, destaca.
Acessibilidade
Os visitantes contarão com telas, plantas e reproduções táteis, reproduções em metal, dioramas (maquetes tridimensionais feitas a partir das obras do museu), dispositivos olfativos, reproduções visuais, em 3D e em outros materiais semelhantes aos objetos originais (como pedra e metal) e cadernos em braile.
Um lugar de história
O edifício histórico localizado no Parque da Independência tem como nome oficial Museu Paulista da Universidade de São Paulo (USP). Uma instituição científica, cultural e educacional com atuação no campo da História cujas atividades têm, como referência permanente, um acervo. O conjunto articulado dessas atividades é a curadoria. Envolve a formação e ampliação de coleções, sua conservação física, seu estudo e documentação bem como a comunicação, seja do acervo, seja do conhecimento que ele permite gerar, através de exposições, cursos, programas educativos e publicações.