Engenharia como instrumento de desenvolvimento

Para fechar a programação especial “Mulheres Fortes Lideram o Próprio Futuro”, o presidente do Crea-SP, Eng. Vinicius Marchese, recebeu a Eng. Civ. Liedi Bernucci, docente titular na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e diretora-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em “live” na TV Crea-SP. Liedi também foi a primeira mulher a conquistar o cargo máximo de diretoria na Poli-USP.

A professora, que veio do interior de São Paulo, mudou-se para a capital para realizar seu sonho de menina: cursar Engenharia. “Eu me encontrei na Engenharia. A cada ano na faculdade eu percebia que tinha escolhido a profissão que me faz feliz”, afirmou. Abordando a participação da mulher na área da tecnologia, ela deixou claro que a sociedade está mudando graças às iniciativas que incentivam o protagonismo feminino no mercado, e ressaltou que a Engenharia pode promover as mulheres inclusive em cargos de liderança.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Quando questionada por Marchese sobre uma possível queda de interesse dos universitários em geral pelos cursos da área tecnológica, Liedi realçou a necessidade de repensar a forma de ensino. “A Engenharia não é fácil, exige dedicação, e a forma tradicional de instruir assusta a geração mais jovem. Temos que incentivar a inovação desde a educação básica, se os alunos enxergarem a beleza da tecnologia e entender sua conexão com a área, isso vai gerar mais interesse, o que também vale para a aproximação das mulheres”, explicou.

Apesar de debaterem questões para estimular mais jovens do Sistema Confea/Crea, o assunto predominante durante a live foram as percepções a respeito da infraestrutura no Brasil, após o presidente do Crea-SP citar o relatório Projetos Públicos de Infraestrutura, Logística e Transporte, recentemente elaborado pelo Conselho. Marchese enfatizou o mapeamento feito em busca de soluções para o Estado paulista. “É um problema que vem sendo discutido há tempos. A necessidade de investimento na atualização da infraestrutura, na manutenção do que já existe e na evolução de novas frentes”, afirmou o presidente do Conselho.

Os engenheiros observaram ainda a dificuldade de andamento de planos para um país mais estruturado. “Uma infraestrutura sólida e boa é essencial para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, e para o bem-estar da sociedade”, concluiu Liedi. Especificando o nicho de transportes, a engenheira completou dizendo que o Brasil ainda tem muito a ampliar em ferrovias e rodovias, comparado a outros países, e isso é um trabalho que depende da área tecnológica.

Quer saber mais detalhes? Confira o bate-papo na íntegra aqui.


ACESSE AQUI

Compartilhe: